sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Olha que bonito! Capoeira da Paz

Capoeira da Paz: projeto realizado por brasileiros em Jerusalém continua mesmo durante a guerra

Desde 2003, a atividade tem sido uma forma de unir crianças e adolescentes (e seus pais) israelenses e palestinos

Ana Paula Pontes

 Divulgação

Enquanto o mundo assiste a mais um conflito entre israelenses e palestinos na Faixa de Gaza, um projeto de paz consegue sobreviver em Jerusalém. Criado em 2003 pelo antropólogo brasileiro Michel Gherman, num momento de turbulência da cidade por causa de uma rebelião palestina, o Capoeira da Paz queria unir crianças e adolescentes israelenses e palestinos. E tem conseguido, mesmo com os atuais ataques.

Gherman chegou à capital de Israel em 2002 para um mestrado em Antropologia e logo percebeu que existia, tanto do lado judaico como do palestino, um interesse pela capoeira. "Mesmo sendo um momento em que o foco das pessoas era a guerra, com o comprometimento em atacar, propus, por meio da atividade, um encontro entre os povos", diz.

Enquanto o mundo assiste a mais um conflito entre israelenses e palestinos na Faixa de Gaza, um projeto de paz consegue sobreviver em Jerusalém. Criado em 2003 pelo antropólogo brasileiro Michel Gherman, num momento de turbulência da cidade por causa de uma rebelião palestina, o Capoeira da Paz queria unir crianças e adolescentes israelenses e palestinos. E tem conseguido, mesmo com os atuais ataques.

Gherman chegou à capital de Israel em 2002 para um mestrado em Antropologia e logo percebeu que existia, tanto do lado judaico como do palestino, um interesse pela capoeira. "Mesmo sendo um momento em que o foco das pessoas era a guerra, com o comprometimento em atacar, propus, por meio da atividade, um encontro entre os povos", diz.

E não foi fácil, relata. Entre os jovens a resistência não era tão grande. O problema eram os adultos, pais e orientadores das atividades nos centros culturais, que achavam os encontros perigosos demais, principalmente naquela situação. "Eles pensavam que suas identidades se enfraqueceriam com a aproximação. Mas, com a ajuda de intermediários, o conceito de que quanto mais você conhece o outro mais fortalece sua identidade possibilitou o diálogo."

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Ana Maria C. Bruni