quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Terras de ninguém Terra de Juizes

O presidente da OAB/MS, Fábio Trad, informa que vai designar um relator na entidade para acompanhar o caso da juíza Margarida Elisabeth Weiler, da Comarca de Anaurilândia, acusada por improbidade administrativa (clique aqui). De acordo com a OAB, a juíza é apontada pela ligação com Luiz Eduardo Auricchio Bottura, com quem teria montado uma "indústria de processos contra desafetos". O indigitado personagem foi preso no último dia 15, em Anaurilândia/MS, acusado de uso de documento falso. Bottura, que segundo os periódicos acumula mais de 900 acusações, teria apresentado petição em processo como se fosse advogado (clique aqui). Ele teria, ainda, falsificado comprovantes de pagamento de custas judiciais em cerca de cinco processos em Nova Andradina/MS. O famigerado Bottura ficou conhecido ao ser acusado de golpes na internet, e por impetrar ações contra desafetos (clique aqui). Ele teria ajuizado mais de uma centena de feitos. Segundo informes, a grande maioria foi sendo julgada procedente, com sentença da mesma juíza Margarida Elizabeth Weiler. Ele chegou até a processar os advogados que, no exercício de suas funções, defendiam as partes contrárias. A dra. Carla Rahal Benedetti, do escritório Carla Rahal Benedetti Sociedade de Advogados, foi uma das vítimas. Patrocinando interesse da família Bueno Netto, teve 18 ações propostas contra si, todas movidas na comarca de Anaurilândia/MS, cuja juíza era a Exa. Dra. Margarida Elizabeth Weiler. "Cada vez que peticionávamos a favor de nosso cliente, Bottura entrava com acusações de difamação, crimes contra a honra e calúnia." Vale lembrar que em março de 2002 a juíza Weiler foi denunciada pelo MP/MS conforme a nota publicada no vetusto Migalhas 395 (14/3/02 - clique aqui) : "A Quinta Turma do STJ recebeu, por unanimidade, denúncia do MP/MS contra a juíza de Direito Margarida Elizabeth Weiler, da comarca de Caarapó. Ela é acusada de supostos crimes de abuso de autoridade, redução à condição análoga a de escravo, peculato, extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento, prevaricação, tráfico de influência e exploração de prestígio." Inexplicavelmente, mesmo depois de recebida a denúncia, com voto do relator Edson Vidigal, a juíza foi removida compulsoriamente para a comarca de Anaurilândia. Sobre Margarida e Bottura, pipocam há quase uma década notícias na internet.

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